Ao passo que a próxima época de 2021-22 da National Basketball Association, a famosa NBA, se aproxima, controvérsias com alguns jogadores e com a sua não-vacinação estão a dar que falar — como é o caso de Kyrie Irving — que por não estar vacinado contra a covid-19 poderá ter de ficar sentado nos jogos que se realizarem em casa.
Há quem defenda que as vacinas contêm um microship com GPS para que os governos consigam localizar as pessoas sempre que quiserem. Ou que são uma ideia mortífera para reduzir a população, ou ainda que servem para fazer contactos com formas de vida extraterrestre. As teorias das conspirações são distintas e estão a ter impactos no pensamento de alguns atletas do mundo do basquetebol: 10 % dos jogadores da NBA não foram vacinados contra o SARS-CoV-2 — que equivale a mais ou menos 50 jogadores. A Liga não obriga à vacinação, mas já estabeleceu diretrizes para os atletas não vacinados — que inclui testes diários, requisitos de máscara nas instalações da equipa e quarentena obrigatória se entrarem em contacto com alguém que tenha tido resultado positivo nos testes. O objetivo da Liga com estas medidas será tentar convencer todos os que não levaram a toma da vacina, que o façam, mas há quem seja resistente.
Kyrie Irving é um desses casos e pode vir a ser um problema para o seu clube, Brooklyn Nets, para esta temporada, por não ter querido tomar a vacina contra a covid-19. O craque estaria a seguir publicações do Instagram de um teórico da conspiração que defende que “sociedades secretas” estão a inserir vacinas para conectar pessoas negras a um computador – fazendo tudo isto parte de “um plano de Satanás”. Kyrie Irving também já tinha demonstrado a sua simpatia pelas teorias que afirmam que a Terra é, na verdade, plana.
A sua atitude gerou críticas. "Não tem de haver lugar para jogadores que estejam dispostos a arriscar a vida dos seus companheiros de equipa e de todos os outros", diz Kareem Abdul-Jabbar, uma referência para a comunidade da NBA que alertou a Liga para não se desleixar com os que veem a vacinação como uma mentira.
Este mês, as cidades de Nova Iorque e também de São Francisco oficializaram que os atletas devem ser vacinados contra o vírus para que possam jogar em espaços fechados, com a exceção de uma justificação, como por exemplo uma nota médica ou questões religiosas. Isto significa que os jogadores que competem pelo Brooklyn Nets, New York Knicks e Golden State Warriors devem ser vacinados caso queiram jogar em casa. O Golden State já enfrenta um obstáculo com este mandato, uma vez que o avançado Andrew Wiggins (também) não tem mostrado muita vontade para tomar a vacina. Agora, aparentemente, Brooklyn Nets enfrenta a mesma barreira com Kyrie Irving.
A tia do jogador veio a público falar sobre a polémica e saiu em defesa do seu sobrinho, acrescentando que não é um caso isolado. “Há tantos jogadores para além dele que não se querem vacinar que penso que vão acabar por encontrar uma forma de fazer valer a sua postura. O Kyrie fará o que tem de fazer. Não é uma questão religiosa, é uma questão moral”, defende. O jogador já tem histórico no que toca ao incumprimento das regras da Liga. Na época passada, não compareceu no dia de imprensa, ficou fora em vários jogos por razões pessoais e passou por uma quarentena obrigatória depois de ter desrespeitado as regras da NBA para conter a covid-19 quando foi a uma festa que ele próprio organizou para a sua irmã.
O diretor do clube, Sean Marks, recentemente tinha dito que se sentia confiante de que todos os seus jogadores seriam vacinados. Mas ao que parece nem todos estão na mesma linha de jogo no que toca à credibilidade da vacinação.
O alívio das medidas em Portugal No próximo dia 1 de outubro entram em vigor medias de alívio do combate à covid-19. As discotecas e bares irão abrir para quem apresente certificado digital da vacinação – que agora deixará de ser obrigatório para aceder a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamentos locais -, mas que ainda tem utilidade para aceder a grandes eventos culturais e desportivos. A limitação máxima de pessoas por grupo em restaurantes também chegará ao fim, assim como os limites de horários nos serviços, casamentos e batizados, comércio e espetáculos culturais. A máscara ainda será obrigatória em transportes públicos, lares, hospitais, salas de eventos e/ou espetáculos e em grandes superfícies, como os centros comerciais.