“Não existe Planeta B, não se trata de um ato ecológico politicamente correto e caro com coelhos a abraçarem-se. Blá Blá blá. Construir de novo e melhor. Blá Blá Blá. Economia Verde. Blá Blá Blá. Emissões Zero. Blá blá blá. Neutralidade carbónica em 2050. Blá Blá Blá. Neutralidade Climática BLá Blá Blá”, foram estas as palavras da ativista sueca Greta Thunberg dirigidas aos líderes mundiais, durante a sua intervenção na Youth4Climate, na terça-feira passada, em Milão, que juntou centenas de jovens de todo mundo.
Greta apela à consciência dos jovens para a crise climática e diz ser “claro” que é necessário “um diálogo construtivo”. Mas as duras críticas à classe política não ficaram por aqui. “Foram 30 anos de blá blá blá e onde é que isso nos levou?”, interroga a ativista, que (volta) a tentar estimular a esperança nas camadas mais jovens: “ainda podemos dar a volta a isto. É inteiramente possível. Será necessária uma redução imediata e drástica das emissões anuais. Mas não se as coisas continuarem como hoje. A falta de ação intencional dos nossos líderes é uma traição para com todas as gerações presentes e futuras", salienta.
Sobre a Youth4Climate, Greta considera que os jovens são convidados “para fingir” que os políticos se importam com a opinião dos mais jovens. Mas “claramente” que não os ouvem. “As nossas emissões ainda estão a aumentar, a ciência não mente”, refere.
Milhares de jovens ativistas pelo clima tomaram as ruas na sexta-feira em quase 100 países por todo o mundo, como por exemplo em Berlim, onde Greta Thunberg falou.