O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros disse que o Governo não está a tomar decisões precipitadas em relação ao desconfinamento, visto que Portugal ainda não tem 85% da população com a vacinação completa.
"Não há precipitação. Se não atingirmos até amanhã [sexta-feira] os 85% estamos seguramente muito próximos de atingir esses números”, disse André Moz Caldas, na conferência de imprensa após a reunião do executivo, apontando ainda que a atual “avaliação global da situação epidemiológica” já não obriga a seguir as restrições que o país cumpriu.
André Moz Caldas também realçou que o tempo que “os agentes” tiveram para se preparar para o novo avanço do desconfinamento, que vai entrar em vigor amanhã, foi suficiente e por isso “não se podem considerar precipitadas as decisões do Governo, pelo contrário foram atempadas, claras, transparentes".
Também o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, disse que a próxima fase do desconfinamento “foi muito bem avaliada do ponto de vista técnico pela Direção-Geral de Saúde”.
Durante o 38.º Encontro Nacional de Medicina Geral e Familiar, em Braga, Sales sublinhou que “aquilo que às vezes parece uma incoerência, não o é”, apontando o certificado de vacinação e o uso de máscara como “boas medidas” que serão seguidas em espaços que podem aglomerar um grande número de pessoas, como as discotecas e os recintos desportivos.
Amanhã começa a terceira e última fase de desconfinamento desenhada pelo Governo. Os bares e as discotecas vão reabrir e as lojas, restaurantes e recintos desportivos deixam de limitar a ocupação do espaço.
Portugal passará para a situação de alerta, considerado o nível mais baixo de resposta a situações de catástrofe previsto na Lei de Base da Proteção Civil e vai vigorar até às 23h59 de 31 de outubro.
A máscara continuará a ser obrigatória nos transportes públicos, nas Lojas de Cidadão, nas escolas (exceto nos espaços de recreio ao ar livre), nas salas de espetáculos, nos cinemas, nas salas de congressos, nos recintos de eventos, nos serviços de saúde e nas estruturas residenciais para idosos, assim como nos espaços comerciais com área superior a 400 metros quadrados, incluindo centros comerciais.
A recomendação do teletrabalho vai terminar também esta sexta-feira e também será eliminada a regra que impunha a testagem em empresas com mais de 150 trabalhadores no mesmo local de trabalho.