O líder do CDS-PP já revelou que quer continuar à frente do partido e pediu a marcação de um Congresso Nacional, no dia em que anunciou a sua recandidatura.
"Por sentir que cumpri o meu dever e que ninguém, nas mesmas condições, seria capaz de fazer melhor, é minha obrigação colocar-me à disposição dos militantes do meu partido para continuar a liderar o CDS-Partido Popular", afirmou, esta sexta-feira.
"Não queremos olhar para trás, o futuro faz-se de novas ideias, protagonistas que refresquem a direita, com propósito de servir Portugal”, acrescentou.
Para Francisco Rodrigues dos Santos, este “é o momento certo para preparar eleições legislativas, unir o partido” em torno da sua liderança.
"Virar o país à direita é um objetivo que está ao nosso alcance. É hora para voltar às ruas, fazer das ruas de Portugal o meu escritório", sublinhou.
Francisco Rodrigues dos Santos também aproveitou para chamar a si e à sua direção as alegadas conquistas do partido. “Somos governo nos Açores pela primeira vez na História” e “apoiámos o Presidente da República que venceu à primeira volta”.
Sobre as autárquicas, sublinhou: “aumentámos significativamente o número de autarcas do partido face a 2017 e alargámos a nossa presença territorial, conquistámos as nossas 6 câmaras com maioria absoluta, e mais do que duplicámos as câmaras que governamos com o PSD – são mais de 40 Câmaras, entre elas 8 capitais de distrito, incluindo Lisboa”.
“Somos o único partido que participa em simultâneo na governação de Lisboa, Porto, Coimbra e Funchal. E temos representação política em muitos locais onde há muitos anos não tínhamos”, acrescentou.
Recorde-se que o anúncio da recandidatura de Rodrigues dos Santos surge num momento em que o líder do CDS tem sido alvo de críticas da parte de ‘veteranos’ do partido. Ainda esta sexta-feira, o líder parlamentar Telmo Correia corrigiu declarações do presidente centrista, insinuando que este desconhecia as leis de substituição dos deputados, na polémica substituição de Ana Rita Bessa por Sebastião Bugalho, que afinal recusou o convite.
Também o eurodeputado Nuno Melo criticou a análise feita pelo líder do CDS aos resultados das autárquicas, tendo prometido comunicar a sua decisão sobre se se candidata ou não ao lugar de Rodrigues dos Santos.
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