Os antigos brasões florais da Praça do Império – cuja remoção havia sido anunciada em 2017, causando polémica – vão passar a estar reproduzidos na calçada da mesma praça, paralelamente ao sítio onde estavam (conforme desenho do projeto que se publica em cima). A decisão resulta do compromisso entre o movimento Nova Portugalidade e José Sá Fernandes, vereador cessante do Ambiente, Clima e Energia, Estrutura Verde e Serviços do Município de Lisboa. O plano foi «consensualizado entre a Câmara Municipal de Lisboa, os peticionários e o atelier de Arquitetura», segundo uma missiva da CML a que o Nascer do SOL teve acesso. Agora, o projeto será submetido à Direção Geral do Património Cultural (DGPC) «com o objetivo de ser emitido o respetivo parecer». Sendo este emitido, «estão as partes de acordo que terá sido encontrada uma solução para o futuro da Praça do Império», lê-se na mesma carta da CML. Rafael Pinto Borges, líder da Nova Portugalidade, diz ao Nascer do SOL estar «confiante» quanto à chancela da DGPC, assim como espera que o «novo executivo» informe que se sente «bem com a solução» encontrada. Pinto Borges nota ainda estar ser uma «enorme vitória simbólica para aqueles que se opõem ao apagão da história, à perseguição de testemunhos do passado e à destruição da cultura, ou seja, ao talibanismo cultural».
De qualquer forma, se esta for mesmo a solução definitiva, desaparecem da Praça do Império os brasões florais, património da escola de jardinagem de Lisboa entretanto desaparecida.