“Infelizmente, em casos destes, existem sempre informações erradas a serem divulgadas e presunção do que poderia ter acontecido”, começou por escrever André Barbosa – barman residente na região Norte que trabalha por temporadas no Algarve -, vítima de agressões há dez dias, numa story publicada na sua conta oficial do Instagram.
“Eu na entrevista que fiz expliquei tudo, mas vou dar a conhecer os factos reais”, adiantou, referindo-se à conversa que teve com o Correio da Manhã. “Eu estava naquela casa como cliente. Eu não conhecia o suposto segurança. A conversa que estávamos a ter era ele a questionar-me de onde era e se tinha praticado kickboxing, ou seja, supostamente apenas alguém que me tinha reconhecido”.
No entanto, o segurança assumiu que André é natural de Lisboa, sendo que este o corrigiu dizendo que era do Porto. “Ele simula que estava tudo bem, ou seja, um engano, e de seguida parte para as agressões”, explicou, garantindo que “esta situação, como tantas outras, são simplesmente ridículas e isto tem que acabar”.
No final da publicação veiculada na tarde desta terça-feira, o rapaz esclareceu que “têm que ser tomadas medidas reais para que isto não volte a acontecer”. “E eu vou fazer de tudo para que esta situação sirva de exemplo para que pensem duas vezes antes de agredir alguém no futuro”.
Inquéritos em curso Depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) terem confirmado a abertura de inquéritos em relação aos casos das agressões ocorridas, no Porto, no sábado à noite, e em Albufeira, no início do mês, a GNR confirmou hoje ao i que abriu um processo interno de averiguações, que se encontra em curso.
Por norma, este processo de investigação tem por objetivo apurar se o desempenho que justificou aquelas avaliações constitui infração disciplinar imputável aos trabalhadores que, neste caso, são os militares do Destacamento de Faro que intervieram após uma agressão ocorrida na madrugada de 3 de outubro no interior de uma discoteca em Albufeira, no Algarve.
Esta foi captada pelas câmaras de videovigilância do estabelecimento em questão, como a GNR já havia adiantado no passado domingo, sendo que a força de segurança esclareceu, em comunicado, que “os factos visionados nas imagens motivaram a participação dos mesmos ao tribunal competente, tendo sido identificados dois indivíduos (o agressor e a vítima). De acrescentar que a vítima recusou assistência médica”.
No vídeo divulgado pelo CM, que dura cerca de um minuto, é possível ver a vítima de pé a conversar com o segurança, que lhe desfere um soco, sem que esta tenha oportunidade de se defender, caindo para trás. O jovem foi submetido a uma cirurgia ao maxilar.