“Faltou estratégia e faltou verdade”, foi assim que João Cotrim Figueiredo começou por justificar o anúncio “precoce” da inviabilização da proposta do Orçamento do Estado para 2022 por parte da Iniciativa Liberal.
“À apresentação deste Orçamento e à conferência deste Orçamento faltaram duas coisas que para nós são absolutamente sacrossantas: Faltou estratégia e faltou verdade”, começou por dizer.
“A tentativa de agradar a todos não é uma estratégia. A política é feita de escolhas, às vezes escolhas difíceis, e desagradar a certos setores da sociedade é quase obrigatório. Portanto, falta de facto estratégia, já o adivinhavamos, não é a primeira vez que isto acontece em Orçamentos do partido socialista”, criticou Cotrim Figueiredo.
“Depois falta verdade”, disse. “Portugal não vai convergir com este Orçamento. Não vai não só porque o crescimento de 2022 não compensa o fortíssimo decréscimo que tivemos em 2020 e 2021 (…) Basta consultar o PRR de todos os países e vai-se ver que vamos voltar a divergir da Europa”, acrescentou, defendendo que “sem PRR a estratégia orçamental de Portugal não existe”.
“É falso que seja um orçamento de contas certas. A despesa publica está previsto crescer 16% e a receita 8%, é o descontrolo total. O Governo tenta ser habilidoso e esconder nas entrelinhas e nos quadros mais remotos. O OE tem de ser um instrumento de verdade”, defendeu.
O líder da Iniciativa Liberal deixou ainda o desafio aos portugueses de encontraram na proposta do OE os valores acerca da CP e TAP.