Uma explosão matou na noite de sábado uma pessoa e deixou sete feridas numa zona de restauração de um bairro de Campala, no Uganda. O presidente do país, Yoweri Museveni, considerou que se tratava de um possível "ato terrorista", e que o foco neste momento era "encontrar os autores".
A explosão ocorreu as 21h00 locais, 19h00 de Lisboa, numa área bastante frequentada devido à restauração.m A polícia ugandesa afirma que está a investigar o incidente, com o objetivo de determinar se foi "resultado de um ato intencional ou não".
Num comunicado publicado na rede social Twitter, o porta-voz da pollícia local, Fred Enanga, adianta que, além da vítima mortal, sete pessoas ficaram "gravemente feridas", tendo sido transportadas para o hospital de Malugo, em Campala.
O presidente referiu ter sido informado de que três pessoas "deixaram um pacote" no local, que explodiu.
"A população não tem de ter medo. Vamos ultrapassar este crime à medida que chegamos ao fim dos outros, cometidos por porcos que não respeitam a vida humana", acrescentou o chefe de Estado ugandês, que está no poder há 35 anos.
No Uganda, devido à pandemia de covid-19, vigora um recolher obrigatório a partir das 19h00 locais, restrição que não é aplicada uniformemente.
Dia 8 deste mês. o grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade por um atentado à bomba numa esquadra da polícia em Kawempe, perto do local onde ocorreu a explosão de sábado à noite.
Na sequência do atentado, o Reino Unido e a França atualizaram os respetivos conselhos de viagem para o Uganda, recomendando que os passageiros tenham uma especial atenção quando se encontram em zonas densamente povoadas e em locais públicos, tais como restaurantes, bares e hotéis.
Em 2010, dois atentados à bomba em Campala visaram espetadores que assistiam num restaurante e num clube de râguebi à final do Campeonato do Mundo de Futebol, tendo morrido 76 pessoas. O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista somali Al-Shabaab.
Os dois ataques foram vistos como vingança depois de o Uganda ter enviado tropas para a Somália, país dilacerado pela guerra, como parte de uma missão da União Africana com o objetivo de enfrentar o Al-Shabaab.