No balanço do ano passado, as exportações de bens caíram 10,3%, em termos nominais, face ao ano anterior, atingindo 53757 milhões de euros. Os dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam ainda que as importações totalizaram 68146 milhões de euros, menos 14,8% que no ano anterior.
Os dados mostram que a balança comercial de bens registou uma diminuição do défice de 5686 milhões de euros face a 2019, registando um saldo negativo de 14388 milhões de euros. “Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, as exportações decresceram 8,9% e as importações diminuíram 12,3% (+4,4% e +6,8%, respetivamente em 2019) e o défice reduziu 3699 milhões de euros, atingindo 10 936 milhões de euros”, diz o gabinete de estatística.
Os três principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal continuaram a ser Espanha, França e Alemanha. O maior défice comercial manteve-se com Espanha e o maior excedente registou-se com a França, enquanto no ano anterior tinha sido com os Estados Unidos.
Diz ainda o INE que os veículos e outro material de transporte foram o principal grupo exportado, seguido das máquinas e aparelhos. Nas importações, estes foram também os principais grupos transacionados, mas com troca de posições face às exportações.
“A pandemia covid-19 veio impor a necessidade de reforçar as importações de alguns produtos específicos, nomeadamente máscaras”, lembra o INE, acrescentando que “excluindo as vacinas, cuja expressão nas importações em 2020 foi ainda pouco significativa, este grupo de produtos terá registado um aumento de cerca de 725 milhões de euros, mais de metade proveniente da China (+396 milhões de euros)”.
No período acumulado de janeiro a agosto de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, verificou-se um decréscimo de 2,9% nas importações destes produtos tendo, no entanto, aumentado de expressão as importações de vacinas.