Chuva veio para ficar. Tempestade no fim de semana com risco de cheias rápidas

IPMA colocou 14 distritos em alerta amarelo a partir de quinta-feira. Modelos admitem precipitação severa para o fim de semana.  

*Texto editado por Marta F. Reis 

Não saia à rua sem o chapéu de chuva. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os distritos de Setúbal, Lisboa, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Guarda, Aveiro, Bragança, Porto, Vila Real, Guarda e Viana do Castelo em alerta amarelo por causa do mau tempo a partir desta quinta-feira. O temporal que se vai abater sobre o país poderá ter consequências severas.

Até ao momento o IPMA não o elevou o alerta em nenhum distrito e habitualmente isso só acontece quando há maior grau de fiabilidade nas previsões, a uma distância mais curta dos eventos. Ainda assim, a página Luso Meteo, que faz a monitorização dos modelos meteorológicos, admite que estão previstos a esta altura “acumulados de chuva” no intervalo das próximas 36 a 48 horas e que podem dar origem a “cheias rápidas e potencialmente catastróficas”.

Norte e Centro do país serão as regiões mais propensas a sofrer devido ao vento – que poderá chegar aos 80 quilómetros por hora no litoral e aos 130 quilómetros por hora nas zonas mais altas. A Luso Meteo avisa que Portugal irá ser vítima de uma tempestade “severa” que poderá trazer “riscos para infraestruturas” e também para “vidas humanas” – caso as suas previsões se concretizem.

Estão em causa “chuvas fortes” para o próximo dia 29 de outubro, também para as regiões Norte e Centro. Segundo os seus modelos de estudo, podem cair até 50 litros por metro quadrado no Litoral Norte – “essencialmente na madrugada de quinta-feira”, prevê.

Mas são os dias 30 e 31 que mais preocupam. Além da chuva, que poderá chegar aos 150 a 200 litros por metro quadrado neste período de tempo, existe ainda o risco de “alguma trovoada”, apontou. Zona do Minho e Douro Litoral, assim como os distritos de Aveiro e Coimbra, são as zonas “mais críticas”. A região de Lisboa também “pode vir a ter forte precipitação”. O mesmo acontece para o Vale do Tejo. 

A página faz ainda uma comparação com a tempestade Leslie – que chegou a Portugal em 2020, com os ventos a atingirem os 176 quilómetros por hora. Afetou centenas de habitações por todo o país e deixou 57 pessoas desalojadas, sendo a Figueira da Foz, no litoral do distrito de Coimbra, o município mais penalizado.

A tempestade que, à partida, chegará em território nacional já no próximo fim de semana não é “tão grave”, admite a Luso Meteo, considerando que mais do que vento, será a precipitação a fazer-se notar. O i procurou ontem mais esclarecimentos junto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, mas não foi possível obter resposta.