Rio diz que se Presidente marcar eleições para fevereiro mostra que “quis ajudar” PSD e Rangel

Sublinhe-se que, já esta semana, Rio tinha dito que era “muito estranho” o facto de Marcelo ter recebido Rangel numa audiência em Belém e considerou que se esta serviu para falar sobre prazos eleitorais “não é minimamente aceitável”.

Rui Rio considerou, esta sexta-feira, numa entrevista à SIC, que a data que o Presidente da República escolher para as eleições legislativas vai mostrar se “quis dar uma ajuda” ao PSD “e, neste caso, mais a um candidato”: Paulo Rangel.

O recandidato à liderança do PSD disse que apontou 9 de janeiro como a “primeira data” possível para eleições e o dia 16 como uma data admissível.

“Se, ao arrepio do que sempre disse, atirar com as eleições para o fim de janeiro, para fevereiro… O meu potencial adversário quer fim de fevereiro. Se não for no princípio, eu tenho razão e as desconfianças fazem sentido”, disse, referindo-se a Paulo Rangel, que também é candidato à liderança do PSD.

Sublinhe-se que, já esta semana, Rio tinha dito que era “muito estranho” o facto de Marcelo ter recebido Rangel numa audiência em Belém e considerou que se esta serviu para falar sobre prazos eleitorais “não é minimamente aceitável”.

Questionado sobre se mantém as críticas, o presidente do PSD foi claro: “No momento em que o senhor Presidente da República marcar as datas, vai-se perceber se o que o PSD tem medo é ou não verdade”.

“Se cumprir o que vem dizendo desde o início, as eleições serão logo no início de janeiro para termos orçamento o mais depressa possível e não desperdiçarmos fundos do PRR”, indicou. Já se forem marcadas para mais tarde, “fica evidente que o Presidente da República quis dar uma ajuda ao seu partido e, neste caso, até mais a um candidato”.

“Embora não dê ajuda nenhuma, acho que todos os portugueses devem colocar o interesse nacional em primeiro lugar”, defendeu.