O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, lamentou, esta terça-feira, as desfiliações do partido dos últimos dias, mas admitiu que algumas “estavam pré-anunciadas” e “não provocam surpresa”.
"Lamento-as a todas, sem exceção", disse em entrevista à RTP 3, onde sublinhou que não é “indiferente às saídas de militantes”.
"Algumas não me provocam surpresa, porque desde que eu fui eleito as manifestações públicas acerca do CDS foram muito agressivas para comigo", disse, salientando que as saídas não causam “nenhuma estupefação, embora lamente".
Francisco Rodrigues dos Santos recordou ainda que a “vida dos partidos é dinâmica” e que já houve “fundadores a sair e ex-presidentes”. "Ficar para obstaculizar a liderança do CDS, estar constantemente a ridicularizá-la na opinião pública creio que também não prestam um bom serviço", rematou.
Recorde-se que, durante o fim de semana, após o adiamento do congresso eletivo partido, marcado para 27 e 28 de novembro, o ex-ministro da Economia António Pires de Lima, o antigo vice-presidente do partido Adolfo Mesquita Nunes, a antiga deputada Inês Teotónio Pereira e o ex-dirigente nacional centrista João Maria Condeixa anunciaram a desfiliação do CDS-PP.