Mário Machado, que esta sexta-feira saiu em liberdade após ter sido detido pela Polícia Judiciária por posse ilegal de armas, afirmou que a decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa é “uma vitória” para si e “uma derrota para a democracia”.
“Esta decisão é uma vitória para mim e uma derrota para a democracia”, afirmou.
O antigo líder da Nova Ordem Social (NOS) ficou sujeito à medida de coação de apresentações periódicas às autoridades, apesar de o Ministério Público ter pedido que ficasse em prisão preventiva.
Referindo-se às buscas da Polícia Judiciária (PJ) em sua casa, na terça-feira, que tiveram por base uma investigação sobre suspeitas de crimes de ódio e incitamento à violência através de comentários feitos na internet e culminaram na descoberta de uma arma ilegal, Mário Machado revelou aos jornalistas que vai apagar todas as suas contas em redes sociais, considerando que “não estão reunidas as condições para exercer o direito à liberdade de expressão”.
O ativista de extrema-direita sublinhou ainda que a sua detenção "é um autêntico absurdo" e disse ser “perigoso estar certo quando o Governo está errado”.
"A magistratura, infelizmente, continua a ter uma forte influência do Governo socialista e marxista que governa o país portanto, não estão reunidas as condições para eu continuar a minha vida política ativa no seio nacionalista", rematou.
A publicação em causa estava relacionada com o homicídio do jovem Lucas Leote, de 19 anos, à porta da discoteca Lick, em Vilamoura. Na altura, Mário Machado partilhou na página de Twitter do movimento Nova Ordem Social a notícia do Correio da Manhã que divulgava a identidade do suspeito do assassinato, de raça negra.
“A Nova Ordem Social escreveu um texto – que nem sequer me pode ser imputado, porque eram 12 as pessoas que podiam ter acesso a esse site – em que dizia que esse assassino devia ser entregue às autoridades, o que aconteceu apenas dois anos mais tarde e foi condenado a 16 anos de prisão", explicou.
Mário Machado despediu-se com uma saudação nazi e frisou: “se em democracia não podemos pedir que os assassinos sejam entregues à polícia, então não sei o que poderemos dizer”.