Depois de ter denunciado mais um caso de bullying, a ativista Francisca de Magalhães Barros viu a sua conta oficial de Instagram ser suspensa. "Suspendeu-me a conta, coisa que não faz a quem perpetua discursos de ódio. Acredito piamente que um post pode salvar uma vida como já aconteceu tantas vezes", diz, em declarações ao Nascer do SOL a jovem, adiantando que "no entanto é quando somos ativistas e alertamos para os problemas pessoais e mais graves da sociedade que isto acontece".
"O intuito dos posts não é verificado e isso é muito grave", critica, explicando que o seu objetivo primordial continua a ser "salvar vidas" e pede ao Instagram que o tenha em conta em vez de "bloquear contas de Instagram" indevidamente. "Quando publiquei o vídeo do bullying não recebi alerta nenhum por e-mail. Houve múdos que começaram a dizer que eram amigos da agressora", isto é, perfis anónimos que denunciaram a conta de Francisca. "Passado um bocado fiquei sem conta e depois pediram-me que respondesse a um formulário que nem sequer dá para preencher. Já fui avisada noutras situações, mas se não tivesse feito as publicações talvez uma vítima de violência doméstica não tivesse sido salva", exemplifica, continuando que "crianças que precisam de operações e pacientes que necessitam urgentemente de consultas para controlar as suas doenças oncológicas" poderiam também não ter sido auxiliados.
As diretrizes da rede social anteriormente mencionada indicam que os seus utilizadores não devem partilhar conteúdos que não sejam da sua autoria ou, se o fizerem, têm de citar a fonte. Outras ações são igualmente punidas, como a "glorificação dos comportamentos autolesivos" ou a divulgação de fotografias e vídeos de cariz noticioso nos quais a violência é facilmente percetível, sendo que o Instagram é usado por pessoas muito diferentes e das mais variadas faixas etárias.