Aquele que deverá ser o último plenário da XIV legislatura, esta sexta-feira, ficou marcado por despedidas. Telmo Correia, líder parlamentar do CDS-PP, e os deputados Cecília Meireles e João Almeida despediram-se do Parlamento, agradecendo a “honra” de representar os portugueses.
“Nenhuma função me honrou tanto como ter sido parlamentar. Para quem fala de privilégios dos políticos, esse é o nosso privilégio, todos representarmos o povo português”, disse Telmo Correia, que está na Assembleia da República há quase 30 anos.
“Saio daqui com amigos em quase todas as bancadas e com consciência que aqui dentro somos todos adversários e não há inimigos”, sublinhou ainda, deixando um pedido às bancadas da esquerda.
“Gostaria que me fizessem justiça e que no futuro digam de mim ‘aquele não era fácil, deu-nos trabalho, foi dos complicados”, disse, apelando ainda aos deputados da próxima legislatura que “não deixem que os inimigos da democracia apouquem a função parlamentar”.
Já Cecília Meireles agradeceu aos portugueses a sua eleição e disse que “não há maior honra e privilégio”.
“Espero ter estado à altura, dei o meu melhor, o melhor de mim”, indicou, sublinhando ainda que as suas “divergências foram sempre políticas e nunca pessoais”.
João Almeida recordou que “achava que nunca haveria de estar" na Assembleia da República quando era jovem e agradeceu também ao “país por ter tido a honra de humildemente o servir”.
Além disso, o deputado manifestou orgulho por ser “do mais pequeno concelho do país”, São João da Madeira, e disse que em todas as bancadas fez “amigos e nunca uma inimizade”.
Os três deputados foram aplaudidos de pé pelas bancadas do PSD, PS e também pelos deputados do Chega e Iniciativa Liberal. Nas bancadas de BE e PCP, alguns deputados aplaudiram, mas sentados.