O Abanca e o novobanco concluíram esta terça-feira a operação de compra e venda da instituição financeira, em Espanha, depois de terem sido recebidas as autorizações do Ministério de Assuntos Económicos e Transformação Digital e da Comissão Nacional dos Mercados e Concorrência. A operação foi anunciada a 5 de abril e inclui os negócios de retalho, banca privada e PME. O negócio deverá estar concluído no segundo semestre do ano.
O i sabe que a ideia do banco liderado por António Ramalho em alienar esta atividade está relacionado com a sua aposta em centrar em Portugal a sua atividade, reforçando o apoio à economia portuguesa. A somar a esta decisão está ainda o facto de nos últimos 10 anos ter registado nove anos de perdas.
É certo que o Novo Banco com esta venda confirma também o cumprimento de redução de efetivos e de balcões acordado com a DGCom. O i sabe que se trata de mais um passo no objetivo de simplificação e redução de custos operativos do novobanco.
Ainda assim, o nosso jornal sabe que o banco manterá em Espanha uma equipa muito reduzida no âmbito do passaporte bancário europeu que lhe foi atribuído pelo Banco de Portugal e confirmado pelo Banco de Espanha.
Com esta operação, a Abanca irá superar os 107 mil milhões de euros em volume de negócio, reforçando assim “o seu posicionamento em dois âmbitos de atividade prioritários: o negócio de banca pessoal e privada e o negócio de empresas”. Já de acordo com o banco liderado por António Ramalho, “este é mais um marco relevante no processo de desinvestimento de ativos e operações não-core [não principais], nomeadamente contribuindo para uma redução da complexidade da estrutura e dos custos e permitindo ao Novo Banco prosseguir a sua estratégia de reafetação de recursos à atividade bancária em Portugal”, revela.
As agências do Novo Banco terão, a partir de agora, acesso à plataforma tecnológica do Abanca “de modo a poderem oferecer aos clientes a possibilidade de contratar serviços daquele banco, sendo que as agências, redes sociais e canais digitais do Novo Banco passarão também a incorporar a imagem do Abanca”.
No momento em que foi anunciado o negócio, a entidade bancária referia que o banco espanhol “representava a opção mais adequada de desinvestimento do negócio, garantindo a manutenção de serviço aos clientes e oferecendo atrativas perspetivas de longo prazo para clientes e colaboradores em Espanha”.
O Novo Banco analisou diversas opções estratégicas relacionadas com a operação em Espanha e deu início a um processo de venda em maio de 2020, e em 30 de setembro registou a operação como descontinuada no balanço do banco.
Esta compra representa a sexta operação corporativa do banco espanhol, desde 2014.
Notícia atualizada às 13h47