Paula Franco já tomou posse como Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados

Paula Franco ganhou as eleições com 88,7% dos votos e prometeu elevar a profissão, o rigor e a qualidade.

Paula Franco tomou esta terça-feira posse para o seu segundo mandato como bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), depois de ter ganho as eleições com 88,7% dos votos. 

Em entrevista dada ao i, a reeleita garantiu que uma das prioridades é elevar a profissão, o rigor e a qualidade, com vista a que esse rigor e essa qualidade sejam reconhecidos pelos empresários e pelos clientes. “É muito importante que a simbiose entre o cliente e o contabilista certificado tenha um futuro diferente. Um futuro de proximidade, de parceria, em que o contabilista certificado tem que ter claramente mais tempo para o seu cliente e o cliente também tem que perceber que tem de dispor de mais recursos para que o contabilista certificado o acompanhe mais”. Considera que isso também é “fundamental para o desenvolvimento da economia portuguesa”, lembrando que as empresas de pequena dimensão – micro e pequenas – não têm departamentos financeiros, portanto quem acompanha todo esse trabalho é o contabilista certificado. “E este tem um papel que tem de ser permanente nas empresas para que estas possam crescer e possam ser mais sustentáveis”.

Tendo em conta o atual papel na economia e que ganhou novos contornos nesta fase de pandemia, Paula Franco garante que é uma profissão que tem de começar a ser mais bem paga. “Tem de ser paga com valores mais justos” e não hesitou: “A sociedade civil reconhece muito mais o contabilista e o interesse púbico da profissão e reconhece o seu papel e o seu valor. Mas acho que é preciso fazermos mais. É preciso que esse reconhecimento se materialize no retorno financeiro que existe. Caso contrário, arriscamos qualquer dia a ter menos contabilistas certificados ou não ter contabilistas certificados porque a profissão não é atrativa. E isso é uma das questões que nos preocupa”.

Paula Franco recordou que “os contabilistas assumiram um papel, por um lado, de interpretação de muitas normas, porque os contabilistas não podiam esperar pela interpretação dos próprios serviços e dos próprios organismos. A legislação saía, no dia a seguir tinha que ser aplicada, o que claramente causou algum transtorno, em que o papel da Ordem foi essencial. Muitas vezes, atravessou-se na interpretação da legislação para que os contabilistas não fossem postos em causa”.

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