João Rendeiro, afirmou, esta terça-feira, que não tem intenções de regressar a Portugal. O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) foi detido no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, depois de ter estado fugido à justiça portuguesa durante três meses.
O arguido esteve ontem e hoje em tribunal para que lhe fossem aplicadas as medidas de coação, mas a audição acabou por ser adiada em ambos os dias e está agora agendada para quarta-feira.
“Não vou regressar a Portugal”, disse, aos jornalistas, à saída do tribunal Verulam Magistrates, em Durban.
Antes de entrar na sala de audiências, a defesa de João Rendeiro disse que ia pedir tranferência para outra prisão, uma vez que o ex-banqueiro tem vindo a receber ameaças de morte. Porém, segundo a CNN Portugal, João Rendeiro irá continuar na prisão de Westville, que é conhecida pela falta de segurança.
"Como resultado das notícias" nos órgãos de informação, "ele [João Rendeiro] está a receber ameaças de morte", indicou a advogada June Marks à agencia Lusa, ao acrescentar que "os outros prisioneiros ouvem as notícias na rádio".
A prisão de Westville concentra cerca de 40 mil reclusos e é a única na região sul-africana de Durban. É principalmente conhecida pelos problemas de segurança entre reclusos e guardas. Este motivo terá levado à ponderação quanto à transferência do ex-banqueiro para um esquadra da polícia de Durban North.
Recorde-se que Rendeiro foi condenado a 10, 5 e 3 anos e meio de prisão no âmbito de três processos judiciais, um deles já transitado em julgado. Entre os variados ilícitos dos quais está acusado, encontram-se a falsidade informática, a falsificação de documentos, a burla qualificada e a fraude fiscal.
Notícia atualizada às 14h23