Meo diz que AdC conhecia projeto para inserir publicidade nas boxes

“Em causa está um projeto que foi apresentado à AdC e discutido detalhadamente”, garante a Meo.

A Meo diz que o acordo para a introdução de publicidade nas gravações automáticas das televisões foi discutido previamente com a própria Autoridade da Concorrência (AdC).

Em causa está a decisão da AdC conhecida esta quarta-feira que acusa a Meo, a NOS, a Vodafone e a Accenture de restringirem a concorrência ao combinarem entre si a inserção de 30 segundos de publicidade como condição de acesso dos respetivos clientes às gravações automáticas dos diferentes canais de televisão.

 “A MEO confirma que foi hoje notificada desta nota de ilicitude da Autoridade da Concorrência (AdC). A MEO irá analisar a nota de ilicitude recebida e irá responder à AdC dentro dos prazos estipulados, refutando todas as acusações infundadas que lhe são dirigidas, estando convicta de que nada existe de ilícito no projeto em causa”, diz a Meo, marca da Altice Portugal, em comunicado.

E acrescenta que “em causa está um projeto que foi apresentado à AdC e discutido detalhadamente com aquela autoridade em várias sessões de trabalho presenciais ao longo de 2019 e 2020, sem que nos tenham chegado objeções”.

Assim, a empresa liderada por Alexandre Fonseca diz que é “com enorme surpresa” que recebe a nota da AdC e que assiste “às declarações dessa mesma autoridade no sentido de a investigação ter tido origem em informação divulgada em agosto de 2020 pela comunicação social”.

A operadora acrescenta: “Continuamos convictos de que o projeto em causa não é ilícito, é pró-competitivo e é também vantajoso para todos os envolvidos, incluindo para o consumidor”.