Pelo menos 25 pessoas morreram e 20 ficaram hospitalizadas num curto espaço de tempo na Turquia após terem consumido bebidas alcoólicas adulteradas em várias províncias do país, divulgaram esta quinta-feira os 'media'.
Segundo o canal de televisão turco Haberturk, sete pessoas morreram no bairro Esenyurt, em Istambul.
As mortes relacionadas com o consumo de álcool adulterado são comuns naquele país e é uma situação que está a crescer devido á produção clandestina e ao aumento dos impostos sobre as bebidas alcoólicas.
O raki, a bebida alcoólica nacional, custa cerca de 250 liras turcas (15 euros) por litro no supermercado, quase um décimo do salário mínimo líquido mensal (2825 liras, o equivalente a cerca de 169,5 euros).
As bebidas adulteradas são frequentemente confecionadas com metanol, usado na indústria, em vez de etanol, componente que é habitualmente utilizada para consumo humano.
De acordo com o Ministério do Interior turco, buscas conduzidas recentemente em 342 locais levaram à apreensão de mais de 30 mil litros de álcool adulterado e de contrabando e à prisão de 60 pessoas.
No final de 2020, mais de 40 pessoas morreram em menos de uma semana no país devido ao consumo de álcool adulterado.
Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Turquia e um ferveroso muçulmano frequentemente acusado de querer islamizar a sociedade turca, opõe-se regularmente ao consumo de álcool e tabaco, uma vez que a religião muçulmana proíbe o consumo do primeiro.
É de assinalar que a Turquia, apesar de ter uma população maioritariamente muçulmana, é um estado laico.