"Alguns fabricantes de alimentos russos faturaram milhões de yuans em poucos segundos a partir das vendas online na 4.ª CIIE (China International Import Expo)" – eis o comentário de um jornal russo. Também a imprensa de Singapura se fez eco do entusiasmo dos empresários daquele país face às oportunidades de negócio que encontraram na referida feira de importação.
Empresas de todo o mundo conseguiram fechar negócios no valor de cerca de 70 mil milhões de euros, pelo que foram muitos a garantir que voltariam na edição do próximo ano
Este êxito da Feira não acontece por acaso. É preciso recuar 20 anos, ao dia 10 de novembro de 2001, data em que a OMC (Organização Mundial do Comércio) aprovou a adesão da China. Duas décadas volvidas, esta Feira é um dos aspetos que demonstram como essa adesão da China foi benéfica para o comércio mundial.
Mais de mil empresas chinesas e estrangeiras obtiveram mais de 200 intenções de cooperação, tendo sido recebido um grande número de encomendas de países envolvidos no programa "Uma Faixa, Uma Rota". Cerca de 90 empresas de 33 países em desenvolvimento participaram na Feira, tal como mais de duas centenas de empresas norte-americanas.
Parece óbvio que para as empresas multinacionais, a atração do mercado chinês não pode ser ignorada. Com a economia e o comércio mundiais a enfrentar as consequências da pandemia, encontrar um motor de recuperação tornou-se uma prioridade. A realização desta Feira permitiu que as empresas multinacionais encontrassem esse motor.
O enorme mercado da China, a intensa procura gerada pela recuperação económica e a mudança para um desenvolvimento de qualidade, proporcionaram um grande número de encomendas para vários países de todo o mundo, incluindo os menos desenvolvidos.
Quer se trate de tapetes feitos à mão e pinhões do Afeganistão, sabonetes da Síria e óleo de rosas de Damasco, os produtos de boa qualidade e baixo preço conseguiram entrar no grande mercado chinês de mais de 1,4 mil milhões de pessoas através da Feira, contribuindo para o seu desenvolvimento.
"O verdadeiro desenvolvimento só acontece quando todos nos desenvolvemos em conjunto". – afirmam os dirigentes chineses, que defendem a construção de uma comunidade global de desenvolvimento.
Para já, foi lançado o convite para a edição da Feira do próximo ano, tendo muitas empresas de todo o mundo reservado já mais de 150 mil metros quadrados de exposição.