Começou esta sexta-feira o 39º Congresso do Partido Social Democrata (PSD) com Rui Rio a entrar em palco pelas 21h42, com mais de meia hora de atraso.
A reunião que estava prevista realizar-se na Feira Internacional de Lisboa foi transferida com semana e meia de antecedência para o Europarque, em Santa Maria da Feira, Aveiro, uma vez que o aumento de casos de covid-19 requeria uma sala maior.
Com o lema "Portugal ao Centro", o congresso contará com 960 delegados, cerca de 160 participantes e 400 observadores, sendo que todos eles, assim como os elementos da comunicação social, tiveram de apresentar um teste negativo à covid-19, além de ser verificados os certificados digitais e uso de máscara.
No seu discurso de abertura, o presidente dos sociais democratas começou por dizer que que espera que o congresso constitua um passo importante para a "vitória nas eleições de dia 30 de janeiro".
"O PSD não é o seu presidente nem tão pouco dirigentes, são as suas bases que de forma livre e desinteressada todos os dias lutam por Portugal através do nosso partido", referiu.
"Ser-se social-democrata em 2022 não é o mesmo que ter sido há 50 anos atrás, não o é porque o mundo mudou muito e as respostas que a sociedade necessita não é, obviamente, as mesmas", referiu Rui Rio, garantindo em seguida que os princípios permanecem, contudo, "rigorosamente os mesmos". Esses princípios "podem-se resumir na construção de uma sociedade de profundo respeito pela pessoa humana e por todos os direitos a ela inerentes".
"Colocamo-nos ao centro para corrigir excessos à direita ou à esquerda", sublinhou.
Rui Rio acredita que "há momentos em que a social-democracia tem de ter respostas de perfil mais à direita e outros em que o faz com uma postura mais à esquerda" e que é "assim que tem de ser", uma vez que não são "ideologicamente amorfos”.
O social-democrata recusou a visão liberal pura e dura, que "minimiza ou até despreza o Estado", defendendo que o partido é "pela total e completa liberdade individual, quando ela não é limitadora dos direitos de todos e de cada um".
"É, por isso, que, ainda hoje, tantos anos volvidos, aquele que mais me inspira é o mesmo que sempre mais me inspirou: Francisco Sá Carneiro. A sua frontalidade, coerência, e coragem, aliadas aos períodos em que viveu a sua vida política, fizeram dele e da sua memória um farol para todos os sociais-democratas", afirmou.
Rui Rio deixou também um elogio a Francisco Pinto Balsemão, o militante nº1 do partido, e uma palavra pelo histórico assessor do partido, Zeca Mendonça.
"Na hora da verdade, os socialistas são sempre iguais a si próprios".
Ainda com tempo para lançar um crítica aos socialistas, Rio afirma que estes são um "partido do sistema".
"O PS enche a boca com a descentralização, faz discursos inflamados para agradar a quem reclama um país justo e equilibrado, mas na hora da verdade, os socialistas são sempre iguais a si próprios", disse.
"Na hora da verdade, o PS mete o rabo e o discurso entre as pernas e não tem coragem para honrar a sua própria palavra", acrescentou o presidente dos sociais democratas, acusando ainda o PS de ser uma desilusão.
O líder dos sociais-democratas acusa ainda o PS de ser uma desilusão.