Aproximam-se as eleições legislativas e os partidos nacionais estão em plena organização das respetivas campanhas eleitorais. Da esquerda à direita, as estruturas políticas, nacionais e locais, movem-se para planear as voltas dos líderes pelo país e para mobilizar os seus militantes para a campanha.
O Partido Socialista resolveu inovar: a direção do partido contratou os serviços de um call center para mobilizar os seus militantes e saber da sua ‘motivação’ para o ato eleitoral.
Um dos militantes contactados contou ao Nascer do SOL a sua «surpresa» com a abordagem que lhe foi feita: «Primeiro perguntaram-me se estava motivado para a campanha eleitoral e depois ainda me perguntaram se queria argumentário».
Com cerca de 30 anos de militância, confessou a sua incredulidade com a forma ‘amadora’ como partido está a preparar a campanha eleitoral, criticando também os primeiros cartazes de propaganda socialista, que terão sido encomendados à mesma equipa que fez os cartazes para Fernando Medina nas recentes eleições autárquicas: «O resultado foi o que se viu. Parece que não aprenderam nada com a lição que levámos», acrescentou.
Também não isento de críticas foi o processo de elaboração das listas de candidatos a deputados do PSe a imposição de vários ministros como cabeças de lista por parte do secretário-geral (pela sua quota pessoal).
A Estrela no Parlamento
Mas o destaque maior acabou por ser a exclusão de Francisco Assis, que veio publicamente manifestar a sua disponibilidade para voltar a integrar as listas socialistas, depois de ter ficado de fora em 2019 por ser contra a ‘geringonça’ com BE e PCP.
Assis foi apontado mesmo como um forte candidato à presidência da Assembleia da República, em caso de uma maioria à esquerda, por parte de destacados socialistas.
Com o afastamento do presidente do Conselho Económica e Social, o caminho fica aberto para Edite Estrela, que será número 2 nas listas por Lisboa, imediatamente a seguir a António Costa.
Afinal de contas, a socialista, que conta já uma larga carreira ao serviço do PS, é vice-presidente do Parlamento, e estará de miras apontadas ao lugar deixado vago pelo também socialista Eduardo Ferro Rodrigues.