O cavaleiro João Moura foi acusado pelo Ministério Público de Portalegre de 18 crimes de maus-tratos a animais de companhia, um deles agravado. Recorde-se que a acusação surge na sequência da descoberta, por parte da GNR, de vários cães subnutritos na propriedade do cavaleiro, tendo mesmo um deles acabado por morrer.
Em fevereiro do ano passado, após uma denúncia anónima, foram descobertos os galgos pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) em estado muito crítico, tendo um deles morrido, apesar dos cuidados veterinários que lhe foram prestados após o resgate.
Após esta descoberta, João Moura foi detido por suspeita do crime de maus-tratos a animais de companhia e interrogado pelo Tribunal de Portugal, tendo depois saído em liberdade com Termo de Identidade e Residência. Quase um ano depois, foi acusado por 18 crimes de maus tratos a animais de companhia, uma dos quais agravado, informou esta manhã a Procuradoria da Comarca de Portalegre.
Caso seja condenado, o cavaleiro poderá vir a ser sujeito a uma pena de prisão de dois anos e quatro meses.
Na altura, em declarações a uma publicação tauromáquica, João Moura garantiu que não maltratou os animais. No, entanto, segundo aquilo que foi apurado, esta não terá sido a primeira vez que o cavaleiro foi investigado pela forma como tratava os animais.