Foi detetado em Portugal o quinto foco de infeção de gripe das aves, informou esta quarta-feira a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
"No dia 04 de janeiro, foi confirmado um quinto foco de infeção por vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) num ganso selvagem (Anser sp.), encontrado morto na Barragem dos Patudos, concelho de Alpiarça", lê-se na nota partilhada.
Este foco não obrigou, contudo, à determinação de zonas de restrição, apesar de terem sido reforçadas as medidas de vigilância na zona.
No comunicado, a DGAV destaca a importância do cumprimento das regras de biossegurança e das boas práticas de produção avícola, bem como dos procedimentos de higiene e controlo dos acessos aos estabelecimentos onde se encontram as aves.
"É ainda de extrema importância a notificação imediata de qualquer suspeita, de forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença", indica também a DGAV.
A notificação de mortalidade de aves selvagens pode ser feita através da aplicação ANIMAS (http://animas.icnf.pt).
O quarto foco tinha sido confirmado esta terça-feira, numa exploração de galinhas e patos em Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, tendo o terceiro sido detetado no último dia do ano passado, numa exploração de Perus, em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém.
A gripe aviária foi detetada em Portugal no dia 02 de dezembro, numa exploração caseira de galinhas, patos, gansos e perus, em Palmela (Setúbal). Nesse mês foi ainda detetado outro foco numa exploração comercial de perus para engorda em Óbidos, Leiria.
Os focos de infeção abrangem agora 24.240 aves.
Note-se que a DGAV, que é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa, já tinha lembrado que não existem evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos, como carne de aves de capoeira ou ovos.