Empresas de combustíveis fósseis e firmas que trabalham com elas estão entre as que mais gastam em anúncios concebidos para se parecerem com os resultados de pesquisa da Google, segundo uma análise feita pelo The Guardian.
O jornal britânico analisou anúncios apresentados nos resultados de pesquisa da Google para 78 termos relacionados com o clima, em colaboração com o InfluenceMap, um thinktank que acompanha os esforços de lobby das indústrias poluidoras. Os resultados mostram que mais de um em cada cinco anúncios vistos no estudo – 1.600 no total – foram colocados por empresas com interesses significativos nos combustíveis fósseis.
Os anunciantes pagam para que os seus anúncios apareçam no motor de busca quando um utilizador questiona certos temas e os anúncios são apelativos para as empresas porque são muito semelhantes na aparência aos resultados de pesquisa: mais de metade dos utilizadores num inquérito de 2020 declararam não saber a diferença entre uma listagem paga e um resultado normal da Google.
ExxonMobil, Shell, Aramco, McKinsey, e Goldman Sachs estavam entre os 20 maiores anunciantes nos termos de pesquisa, acompanhados por outros produtores de combustíveis fósseis e os seus financiadores também colocaram anúncios.