Um homem suspeito de iniciar um incêndio que destruiu parte do parlamento da África do Sul apareceu em tribunal pela segunda vez para enfrentar uma nova acusação de terrorismo, para além de acusações de roubo e de fogo posto.
Zandile Christmas Mafe, 49 anos de idade, foi preso após o incêndio deflagrado no passado dia 2 de janeiro, e foi presente a tribunal três dias mais tarde. O magistrado Zamekile Mbalo concedeu aos procuradores um atraso de um mês para determinar o estado mental de Mafe e se este estava apto para o julgamento após um diagnóstico de que era esquizofrénico.
Mafe foi acusado inicialmente de invasão ao parlamento, fogo posto e intenção de roubar propriedades, incluindo computadores portáteis, louça e documentos. Os procuradores disseram que a acusação adicional de terrorismo foi introduzida após os investigadores terem visto imagens de câmaras de segurança do parlamento, na segunda-feira passada. A nova acusação dizia que o "acusado é culpado" de infringir leis sobre a "proteção da democracia constitucional contra atividades terroristas e afins", de acordo com um documento do tribunal.
Os bombeiros sul-africanos lutaram por mais de 48 horas até conseguirem dominar o fogo completamente. O incêndio não deixou vítimas, mas devastou um dos edifícios mais emblemáticos da democracia sul-africana.