Valorizar Social. Programa quer abranger 7.400 pessoas este ano

Valor surge, na mesma semana, em que ministra revelou que novo apoio à contratação permanente poderá chegar aos 11.168 euros por trabalhador. 

O programa “Valorizar Social, desenhado para responder a necessidades identificadas pelo setor social, pretende abranger cerca de 7.400 pessoas já este ano. “Penso que estamos a dar um passo gigante em frente, porque o compromisso que estamos aqui hoje a assinar vem na sequência de uma reivindicação e de uma preocupação sinalizada pelos parceiros do setor social, assumida seja no compromisso de 2020, seja agora no novo pacto da cooperação, onde é assumido como prioridade total esta qualificação dos recursos humanos no setor social”, disse Ana Mendes Godinho.

A ministra do Trabalho chamou ainda a atenção para a importância de ter sido desenhada uma oferta formativa à medida das necessidades de formação do setor social. “Saibamos fazer de cada um dos trabalhadores do setor social um trabalhador que é valorizado e que sente que vale a pena e tem sentido trabalhar nesta área. Os trabalhadores movem-se por isso, os novos jovens procuram isso, uma vida com sentido e no setor social é isso que temos: uma vida com sentido ao serviço dos outros”, referiu.

A governante recordou também que a economia social representa mais de 6% do emprego em Portugal, o que demonstra “a importância que tem do ponto de vista de criação de emprego e do desenvolvimento dos territórios”, além da sua missão.

Mas as novidades não ficam por aqui. Ainda ontem, a ministra do Trabalho indicou que o novo apoio à contratação permanente poderá chegar aos 11.168 euros por trabalhador. “O Compromisso Emprego Sustentável é um apoio à contratação de trabalhadores, procurando inverter aquelas que foram as principais fragilidades que tivemos logo no início da pandemia”, salientou.

Segundo a ministra, uma dessas fragilidades foi a dispensa de trabalhadores, nomeadamente jovens, que “tinham contratos a termo ou contratos mais precários”.

Já na semana passada, a governante tinha revelado no Parlamento que uma em cada três pessoas foi abrangida pelas medidas extraordinárias criadas para responder à pandemia e que já custaram 4865 milhões de euros à Segurança Social. “Tivemos um em cada três portugueses abrangidos pelas medidas extraordinárias, 174 mil empresas apoiadas, 4.865 milhões de apoios da Segurança Social, sempre com reforços do Orçamento do Estado para este efeito”, afirmou na Comissão Permanente, órgão que substitui o plenário na sequência da dissolução do parlamento, durante um debate político requerido pelo grupo parlamentar do PCP.

A ministra disse ainda que só no âmbito das medidas implementadas pelo Ministério do Trabalho, “metade do total dos trabalhadores independentes existentes no país”, que são cerca de 360 mil, foram abrangidos por apoios extraordinários. E que atualmente regista-se um “número recorde de pessoas inscritas na Segurança Social”, com mais 700 mil face a 2015.