José Silvano diz que o “pesadelo” das presenças fantasma vai acabar com a sua absolvição

Esta segunda-feira, o Ministério Público pediu a condenação do secretário-geral do PSD e da deputada Emília Cerqueira por falsidade informática, na sequência do caso “das presenças fantasma” no plenário da Assembleia da República.

O secretário-geral do PSD, José Silvano, mostrou-se convicto de que no dia 2 de fevereiro vai acabar com "o pesadelo" do caso das presenças fantasmas no parlamento, no qual está envolvido igualmente com a deputada Emília Cerqueira, ao ser absolvido em julgamento. Para Rui Rio, presidente do partido, este assunto não é capaz de abalar a campanha eleitoral dos sociais-democratas. 

"Pelo que ouvi hoje nas alegações da acusação e da defesa, eu estou perfeitamente convicto de que, no dia 2, isto acaba e acaba com a minha absolvição", sublinhou José Silvano aos jornalistas no final de uma arruada do PSD na zona da Alameda, em Lisboa, durante a campanha eleitoral para as legislativas de 30 de janeiro.

Esta segunda-feira, o Ministério Público pediu a condenação do secretário-geral do PSD e da deputada por falsidade informática, na sequência do caso " das presenças fantasma" no plenário da Assembleia da República. Cada um está acusado de dois crimes de falsidade informática. Ambas as defesas pediram absolvição dos arguidos. 

O inquérito-crime foi aberto em novembro de 2018 após ter sido noticiado que a deputada Emília Cerqueira registou a presença de José Silvano no sistema do Parlamento, em duas sessões, quando o deputado não estava dentro do plenário e sim fora de Lisboa. "As pessoas entraram no meu computador com a minha palavra-passe para consultar documentos", salientou mais uma vez José Silvano. 

"O que é interessante é que só é feita agora no dia 17 de campanha e a sentença só é dada depois no dia 2 de fevereiro quando estão terminadas as eleições", apontou José Silvano em reação ao caso, que está a marcar o 17.º dia de campanha dos sociais-democratas. 

Já questionado se este assunto pode ser prejudicial para a campanha, o presidente do PSD, Rui Rio, respondeu: "não me parece, por acaso, não me parece", afirmando que "a política precisa de um banho de ética".

"É evidente que admito que haja pessoas que acham que sair nesta hora acaba sempre por prejudicar, não me parece que prejudique, acho que aquilo é uma coisa sem importância", vincou ainda o líder social-democrata.