Costa diz que solução encontrada para voto de isolados é “equilibrada” e pede “pacto social” entre eleitores

Primeiro-ministro explica que o parecer da PGR diz que o Governo e as autoridades podem fazer recomendações. Assim, pede um “pacto social” entre os eleitores para que seja garantida a segurança de todos e para que os confinados exerçam o seu direito de voto na janela horária que será recomendada pelo Executivo. 

Depois de ser conhecido que os eleitores em isolamento devido à covid-19 vão poder sair para ir votar nas eleições legislativas de dia 30, na sequência do parecer emitido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) esta quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, considerou que esta é uma solução “equilibrada” e que deve haver um "pacto social" para que todos votem em segurança.

Costa, que falava aos jornalistas durante uma ação de campanha, em Beja, explicou que o Conselho de Ministros irá proceder à alteração da resolução na próxima quinta-feira e, vai assim, abrir “mais uma exceção” para as pessoas que estão isoladas possam sair, “para poderem exercer livremente o seu direito de voto”.

“O parecer da PGR diz que o que o Governo e as autoridades podem fazer são recomendações; não podemos sequer impor um horário onde as pessoas isoladas podem votar e onde as pessoas não isoladas podem votar”, começou por explicar, destacando o que já tinha sido dito pela ministra da Administração Interna e da Justiça, Francisca Van Dunem, de que deve haver um “pacto social”, e, por isso, o Governo e as autoridades de saúde vão emitir uma recomendação a indicar uma janela de tempo para que as pessoas que estão isoladas possam ir votar.

“Quem não está isolado procura votar antes das 18h, e quem está isolado procura votar depois das 18h. Assim, garantimos que todos têm direito a voto e que todos podem votar em segurança”, disse, acrescentando que “todos os cidadãos têm direito a votar à hora que entenderem”.

O horário específico para a votação de isolados serve também para que quem vai estar nas mesas de voto possa garantir que tem “equipamento especial de proteção para estarem também mais seguros”.

“É uma solução equilibrada, que permite a todos virem exercer o direito de voto”, considerou.

“O mais importante de tudo é que todos tenhamos a consciência de que a pandemia não desapareceu e que temos de continuar a tomar as medidas de segurança, para evitar sermos contaminados e contaminar os outros”, avisou, sublinhando que “mais importante do que irmos todos votar é estarmos todos de boa saúde”.

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