Os mais atentos já repararam que todos os anos por esta altura vive-se o dia mais triste do ano. O conceito Blue Monday não é novo e instalou-se no calendário na terceira segunda-feira de janeiro. Todos os anos. Em 2022 isso correspendeu ao passado dia 17 de janeiro.
Basicamente, o dia foi batizado com base numa equação que determinou que o fim da época festiva, a juntar ao tempo mais frio, ao regresso ao trabalho e ainda à perceção de que as metas definidas já começaram a ser um falhanço, se tornam numa espécie de cocktail cuja tristeza ou ansiedade fica evidenciada nesta data. Até tinha acordado bem disposta, mas mal comecei a ouvir a notícia de fundo até perdi a vontade de mostrar os dentes. Mudei o canal, mas ‘o dia mais triste do ano’ voltou a sorrir-me, o que não deixou de ser irónico.
Tentei que não influenciasse o meu humor, tal como nunca me deixo influenciar pelos chocolates e caixas de pastilhas estrategicamente colocados junto às caixas dos supermercados. E às vezes o desafio sobe de nível, quando estes decidem tropeçar milagrosamente para o tapete rolante sem ninguém ter aparentemente tocado naquela espécie de prateleiras improvisadas.
Chegou a noite e o dia não tinha efetivamente sido triste, o que foi bom de constatar. Melhor foi acordar no dia a seguir e ficar a saber que depois da tempestade… Isso mesmo, o Dia Internacional do Riso, assinalado no dia 18 de janeiro!
Nada como manter o equilíbrio. E Lionel Messi que o diga, que foi exemplo mundial no que respeita a ir da tristeza ao riso, num piscar de olhos, quando, no último verão, deixou o Barcelona e oficializou de seguida a contratação pelo PSG.
Se o dia mais triste do ano já passou não sabemos verdadeiramente, mas se ainda estiver para vir, que venha nos mesmos moldes, seguido pela bonança e pelo riso.
Até pode parecer piada, mas não é para rir, isto se não for pedir muito, claro…