Francisco Rodrigues dos Santos chegou ao mercado municipal da Guarda com mais de uma hora de atraso, mas tinha à sua espera o cabeça de lista pelo círculo, João Mário Amaral, e começou a distribuir os vales que trazia.
“Eu hoje estou a promover uma proposta do nosso compromisso eleitoral, é o vale-farmácia. Um cartão que paga todas as despesas na farmácia aos idosos com mais de 65 anos com as pensões mais baixas, todos os remédios ficam pagos”, declarou, adiantando que este mecanismo “não opera por reembolso, é pagamento direto, não está só apenas sujeito aos medicamentos que sejam comparticipados, é para todo o tipo de medicamentos e é todos os meses, para que os idosos tenham uma poupança nas suas reformas e não tenham de escolher entre comprar alimentos ou comprar medicamentos”.
Apesar de ter encontrado poucas pessoas, Rodrigues dos Santos fez questão de garantir a cada uma delas que esta proposta “já foi aprovada no parlamento”, nomeadamente um projeto de resolução (uma recomendação sem força de lei), e criticou António Costa, indicando que o primeiro-ministro não quer implementar esta medida.
“Se formos Governo e tivermos força, esta proposta que já está aprovada vai mesmo para a frente. Esta não é daquelas promessas que os políticos fazem nestas alturas”, afirmou o dirigente quando confrontado com “as promessas em vão” que as forças políticas fazem em tempo de campanha eleitoral.
“Se os políticos não apresentam soluções é porque não apresentam, se apresentam é porque fazem promessas. Nós também temos de nos decidir”, retorquiu, seguindo posteriormente com a comitiva centrista para o centro da cidade, onde o apoio manifestado pelos locais foi igualmente escasso.