A conclusão do processo de Tancos, em que o principal acusado do Ministério Público, o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, acabou completamente isentado de culpas, na opinião do próprio MP, mostra como a politização da Justiça Portuguesa é errada. Houve outros 2 casos políticos portugueses entretanto: o do ex-chefe da Casa Militar do PR e o de Rui Moreira (apesar do recurso do MP).
No caso dos comandos, não quero intrometer-me na acusação a alguns instrutores condenados, que seguramente exorbitavam as suas funções.
Mas quanto aos instrutores em geral, parece-me que quem queria ir para os comandos era para ter uma formação dura, e não compete aos tribunais amaciá-la. Espera-se que a hierarquia militar seja mais competente que a Juíza do caso, e não ache um luxo prever os golpes de calor despropositados, mas exija que eles sejam avaliados pelos comandantes com competências para comandarem.
Já o caso dos médicos que não prestam socorro às pessoas por razões que a razão desconhece, bem como o seu juramento de Hipócrates (agora muito desvalorizado por abortistas e outros que tais), me parece diferente.
Mas, comparada com a Justiça austríaca, que recusou ao Governo defender a saúde dos cidadãos (levando a uma posição de todo o Parlamento), ou a australiana por causa de um tenista conhecido (em que tudo acabou pelo melhor), acho que estão em mesmo nível.
Entretanto, já há juiz designado para tratar da queixa de Sócrates contra Carlos Alexandre.