O Conselho Superior da Magistratura (CSM) vai averiguar as suspeitas sobre o envolvimento do nome de Ivo Rosa numa escuta de um processo de tráfico de droga, em que um arguido identificou o juiz e instruía para dar dinheiro.
“O CSM não tinha conhecimento destes factos, dos quais tomou conhecimento pelas notícias. Procederá às averiguações necessárias ao apuramento dos factos”, informou aquele órgão, cita a Lusa, na sequência de uma notícia divulgada na quinta-feira pela Sábado, que avançou que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) encaminhou o caso para o Tribunal da Relação de Lisboa.
Questionado sobre esta matéria, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC, mais conhecido por ‘Ticão’) disse, em declarações à Sábado, não ter conhecimento do caso. “Era juiz de turno e tive uma intervenção ocasional nesse processo”, explicou.
“Não percebo porque é que alguém possa ter dito isso. Não percebo qual o objetivo disto ou porque possam ter usado o meu nome. Nunca estive numa situação semelhante”, acrescentou.
Em causa está a escuta realizada a uma conversa telefónica de um dos arguidos desse processo de tráfico de droga com a sua namorada, na qual pede para esta apontar o nome de Ivo Rosa para depois passar à mãe e ao irmão, referindo que seria para entregar 1.000 euros.
Não é claro, contudo, se o dinheiro teria como destino o irmão do arguido ou o próprio juiz, podendo tratar-se de uma situação de alegada corrupção, uma armadilha ou uso indevido do nome do magistrado judicial.
