Marcelo apela ao voto e realça necessidade de revisão da lei eleitoral

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a habitual mensagem de apelo ao voto, divulgada este sábado, para realçar a necessidade de uma revisão da lei eleitoral, a par da reponderação do dia de reflexão.

O Presidente da República defendeu este sábado uma revisão da lei eleitoral, por se revelar “rígida” em tempos de pandemia, e sugeriu a “oportuna reponderação” do dia de reflexão na véspera das eleições.

Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a habitual mensagem de apelo ao voto, divulgada este sábado, para realçar a necessidade de se analisar estas duas questões, a par da falta de uma lei de emergência sanitária, ao fazer um balanço sobre a campanha para umas eleições legislativas, que “são, verdadeiramente, diferentes”, a começar por se realizarem em tempos de pandemia de covid-19.

“Diferentes, porque, nelas, confirmámos o relevo do voto antecipado, a sugerir a oportuna reponderação do dia de reflexão, pensado para outra época e para outras preocupações”, afirmou.

Estas são eleições diferentes também porque se confirmou, a seu ver, “a falta de uma lei de emergência sanitária” e “a necessidade de revisão da lei eleitoral, tão rígida que exclui votação fora de domingos e feriados, e não permite horários flexíveis, assim fechando portas a situações excecionais”.

O Presidente apontou igualmente diferenças ao modo como se fez a discussão entre candidatos e candidaturas.

“Confirmámos uma audiência sem precedente nos numerosos e mobilizadores debates e entrevistas, em clássicos e novos meios digitais, a testemunhar o elevado empenhamento de partidos e seus dirigentes e o profissionalismo de jornalistas, e a aconselhar cuidado acrescido naqueles que pensam regressar, no futuro, a poucos e seletivos debates audiovisuais”, acrescentou.

Marcelo destacou ainda a “serenidade” como tudo decorreu “no mês seguinte à convocação das eleições, e uma pré-campanha e campanha, nalguns pontos, muito diversas das tradicionais, por causa da pandemia”, a que se juntou o “evidente civismo, efetivo respeito pela diversidade, e até calorosa solidariedade, em situações e episódios mais sensíveis”.