Uma multidão esperava Rui Rio, recebendo-o com um forte aplauso. Os cânticos começaram com PSD, houve palmas, e continuaram.
O líder do PSD começou por saudar aos portugueses por terem ido votar e cumprimentou depois os adversários, com “particular destaque para Costa” – vencedor desta noite, a quem já deu os parabéns pelo telefone.
Rio agradeceu aos militantes e simpatizantes que trataram da campanha, além das eleições autárquicas em setembro, diretas do partido, e agora as legislativas.
Agradeceu também a Joaquim Sarmento e David Justino o programa apresentado ao eleitorado. “Apresentámos um grande programa eleitoral do qual me orgulho de ter sido o líder”, disse, agradecendo também a Alexandre Poço e à JSD.
Rio admite que o resultado destas eleições está longe daquele que era o objetivo.
“Não atingimos nem de longe nem de perto os objetivos que queríamos”, confessou, colocando depois a demissão em cima da mesa.
“Não estou preso a lugar nenhum. Completo desprendimento. Quero prestar um serviço ao PSD e a Portugal. Se se confirmar que o PS tem maioria absoluta, ou seja, um horizonte de governação, não sei como serei útil com mais quatro anos”, confessou.
Questionado sobre se a postura de ponte ao invés de oposição pode explicar parte do resultado, Rio nega.
“Não, a postura não teve culpa. A estratégia de captação do voto ao centro aconteceu, o problema é que à esquerda o PS foi buscar milhares de votos do PCP e do BE”.
“O primeiro responsável sou eu”, confessou.