CDS sai do Parlamento ao fim de 47 anos e Chicão pede demissão

Os resultados desta noite eleitoral comparam com os de 2015, em que o CDS elegeu 18 deputados ou os de 2019, ano em que conseguiu ainda cinco mandatos.

Foi uma dura derrota e, ao final de 47 anos, o CDS perde a representação parlamentar. Francisco Rodrigues dos Santos diz ter votado “com o coração”. E, se o país o fez, não foi no CDS. Os fracos resultados não deixaram outra alternativa a Chicão que apresentou a sua demissão. Não sem prometer que será “sempre do CDS” e que estará “sempre ao lado do partido. E atirou: “Nunca farei aos outros aquilo que me fizeram a mim”. “Quero dizer a todos os militantes do partido, ao longo destes quase 50 anos da nossa história, que sei bem com quem contei, aqueles que estiveram presentes” e que “não viraram as costas” ao partido, disse Rodrigues dos Santos.

Um dos maiores ataques vem do histórico centrista Diogo Feio, que chegou a admitir o fim do partido ao considerar que o CDS “está no patamar da total irrelevância, num nível de partidos sem verdadeira representação nacional”. E acrescentou que “no dia em que todos os partidos não socialistas podem aumentar percentagem e número de deputados, o CDS cai em todos os indicadores”, afirmando ainda que “será a altura de com seriedade e dignidade fazer uma reflexão no próximo congresso”. As perguntas são muitas: “Que ruturas fazer? Qual o caminho possível, se é que há? (…) Tudo poderá e deverá estar em aberto”.

Os resultados desta noite eleitoral comparam com os de 2015, em que o CDS elegeu 18 deputados ou os de 2019, ano em que conseguiu ainda cinco mandatos.

Ao fim do dia declarava-se ontem simbolicamente, morte ao partido com a deposição de uma coroa de flores no largo do Caldas, atitude que não foi bem vista pelos apoiantes no local.

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