Após uma reunião da Comissão Política Nacional que durou cerca de quatro horas, Rui Rio informou os jornalistas de que quer ver a casa do PSD ‘arrumada’ até julho. O Conselho Nacional (CN) reunir-se-á a 19 de fevereiro para dar início às diligências nesse âmbito.
Sairá, como já havia anunciado. Mas “sem pressa”, como já havia esclarecido. Fá-lo-á por sentir “não ser útil ao partido nos próximos quatro anos”, deixando claro que “não será candidato à presidência do PSD nas próximas diretas”.
Disse, também, “não ver objetivo” para levar o novo mandato até ao fim – que, normalmente, duraria até finais de 2023. “Não sou candidato nas próximas diretas, que numa situação de normalidade seriam no fim de 2023. Não vejo objetivo em levar o mandato até ao fim”, revelou.
Assim sendo, exigem-se eleições diretas antecipadas, algo que só poderá ser marcado através de um CN. Nesse sentido, a direção do PSD anunciou a marcação de um CN para a data de 19 de fevereiro em Barcelos. E porquê Barcelos? “Porque foi a segunda maior vitoria nas autárquicas”, explica Rio. Além disso, afirmou que gostaria de ter tudo resolvido “o mais tardar em julho”. “Esse CN vai decidir a data das próximas diretas, que serão antecipadas. Sem fazer isso depressa mas que devem estar resolvidas durante o primeiro semestre, o mais tardar em julho”, afirmou.
Sempre sem pressa – “não vou embora amanhã” -, notando não estar “zangado com ninguém” e mostrando-se disponível para “aceitar qualquer data dentro do limite do razoável”. Todavia, salvaguarda, não “quer” que as coisas se façam como nas últimas diretas, ou seja, “tudo atabalhoado”.
Recorde-se que as últimas diretas foram protagonizadas por si e Rangel em novembro, tendo ficado marcadas pelo atropelamento dos estatutos do PSD.