A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estimou esta sexta-feira que há entre 30 mil e 50 mil alunos sem algumas aulas por falta de professores, com base nos horários ainda a concurso que na quarta-feira ascendiam às 6.002 horas.
No dia 2 de fevereiro, quando a Fenprof recolheu os últimos dados, estavam a concurso na contratação de escola 489 horários, que contabilizavam cerca de seis mil horas que as escolas não conseguiram preencher de outra forma.
Os números foram apresentados durante uma conferência de imprensa na sede da Fenprof, em Lisboa, na qual Mário Nogueira, secretário-geral da estrutura sindical, reagiu aos resultados das eleições legislativas. Uma das grandes bandeiras que tem de ser urgentemente resolvida na próxima legislatura é a carência de docentes, defendeu.
Mário Nogueira considera ser necessário "permitir que todos os professores com 60 e mais anos de idade se possam aposentar e ser substituídos por jovens", assim como é urgente tornar a profissão mais atrativa. "A escola tem que estar centrada nos alunos, mas sem professores a escola não funciona", frisou.