O Ministério Público pediu esta terça-feira uma pena única não inferior a 10 anos para Ricardo Salgado por três crimes de abuso de confiança.
O ex-banqueiro marcou hoje presença no Campus de Justiça, pela primeira vez, para as alegações finais do julgamento extraído da Operação Marquês.
Contudo, quando questionado sobre se queria falar, recusou: “Eu não estou em condições de prestar declarações, foi-me atribuída uma doença de Alzheimer", afirmou em tribunal, segundo a CNN Portugal
Esta é a primeira vez que Salgado surge no julgamento em que é acusado de três crimes de abuso de confiança, tendo os seus advogados apresentado em outubro um atestado médico que referia que o antigo banqueiro sofre de doença de Alzheimer, prentendo assim a suspensão do julgamento, algo que foi recusado pelo tribunal.
A data do julgamento foi anunciada pelo presidente do coletivo de juízes, Francisco Henriques, na oitva sessão do julgamento, dia 6 de janeiro, que marcou a conclusão da produção de prova, tendo o tribunal deixado em aberto a possibilidade de o ex-presidente do Grupo Espírito Santo, de 77 anos, poder comparecer para prestar declarações.
Os três crimes de abuso de confiança devem-se a transferências de mais de 10 milhões de euros no âmbito da Operação Marquês, do qual este processo foi separado.