Mário Centeno disse esta quarta-feira na "Grande Conferência Vamos Lá, Portugal", organizada pelo Jornal de Negócios e pelo Millennium BCP, que, em 2021, "o défice orçamental ficará muito próximo dos 3%, possivelmente cumprindo já os tratados orçamentais, ou seja, abaixo de 3%".
O primeiro-ministro, António Costa, tinha dito em janeiro que Portugal estará em condições de cumprir as regras orçamentais da Comissão Europeia em 2023, antecipando que o défice de 2021 seja menor do que o que prevê atualmente o Governo.
Redorde-se ainda que, no final de dezembro, o ministro das FInanças, João Leal, afirmou que Portugal conseguiria fechar o ano de 2021 com um défice dentro da previsão de 4,3%, admitindo que se houver desvios será para ficar abaixo daquela meta.
Em junho do ano passado, a COmissão Europeia confirmou que as regras de disciplina orçamental inscritas no PEC vão continua temporariamente suspensas em 2022, para permitir aos Estados-membros fazer face aos efeitos da crise da Covid-19.
Bruxelas considerou que a economia europeia continuará a necessitar de apoios também no próximo ano, prevendo por isso a desativação da cláusula apenas em 2023.