A onda de ataques informáticos que têm causado perturbações nos vários serviços em Portugal é uma preocupação para a ministra da Justiça e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, que atinge todos, ao notar que nenhum país ou instituição está “imune” que tal aconteça. Dentro daquilo que "conhece e os risco que atravessa", Portugal está "preparado na medida do possível", considerou a ministra, esta quinta-feira.
Francisca Van Dunem, à margem da inauguração das novas instalações do Estabelecimento Prisional em Viseu, garantiu aos jornalistas que o ministério da Justiça “criou todas as condições” para que a Polícia Judiciária (PJ) estivesse “apetrechada” com mecanismos para combater o cibercrime. “Existe uma unidade especial”, referiu a ministra, ao assinalar que dispõe dos “meios técnicos” e “tecnológicos” para “reagir a este tipo de situação”.
Não obstante, a ministra realçou que este tipo de crimes está a evoluir de uma forma "muito rápida". Para além de existirem “tecnologias disruptivas”, o cibercrime, "que já vinha crescendo antes da pandemia, agravou-se no contexto pandémico”.
Para prevenir um sentimento de insegurança, será necessário "acompanhar e ter formação em permanência. As instituições têm de estar preparadas" e criar uma relação de apoio entre as congéneres internacionais para que exista um “ciberespaço com segurança”, sublinhou Van Dunem.
A Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) confirmou hoje que está a “acompanhar de perto” os recentes ciberataques em Portugal, ao prestar apoio à equipa portuguesa de resposta de emergência membro da rede europeia.
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