A Caixa Geral de Depósitos apresentou um aumento dos lucros em 18,7% para 583 milhões de euros. Ainda assim, fica aquém dos resultados apresentados antes da pandemia: em 2019 tinha registado lucros de 776 milhões de euros.
O banco público aumentou os volumes de crédito (+3,6% para 52,5 mil milhões) e de depósitos (+9,7% para 79,7 mil milhões), ainda assim, registou uma queda de 4,3% na margem financeira, num total de 1.006 milhões de euros. A culpa deve-se, em parte, aos juros baixos.
As receitas com comissões subiram 12,9% para 565 milhões de euros, enquanto o produto bancário aumentou 7% para 1.773 milhões de euros.
A instituição financeira não divulgou o montante de dividendos a distribuir pelo Estado, no entanto, Paulo Macedo lembrou esta sexta-feira que pagou 584 milhões desde 2019 e que o dividendo deste ano «dependerá das conversas que o conselho de administração tiver com o acionista». Recorde-se que a proposta de Orçamento do Estado previa um dividendo de 200 milhões. Já no final de novembro, a Caixa entregou um dividendo extraordinário de 300 milhões de euros ao Estado depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter levantado a recomendação que tinha imposto aos bancos para não o fazerem devido à crise pandémica.
No início da semana, a Caixa garantiu que os seus rácios de capital «excedem os novos requisitos mínimos exigidos», depois e ter recebido luz verde por parte do BCEa autorização para recomprar 500 milhões de euros em títulos de dívida perpétuos que custam 54 milhões por ano, o que vai permitir gerar poupanças «significativas».
Também a poupança tem sido significativa em termos de estrutura. Os custos caíram 8,8% para 776 milhões de euros, com os gastos custos com pessoal e administrativos a caírem 11,5%. Aliás essa fórmula tem sido seguida pelos seus concorrentes.