Conselho Nacional do CDS vai realizar-se em 2 e 3 de abril

Será nesta reunião que o partido irá escolher o sucessor de Francisco Rodrigues dos Santos. Até à data, o eurodeputado Nuno Melo é o único a assumir a candidatura à liderança do CDS. 

Apenas com uma abstenção, o Conselho Nacional do CDS-PP aprovou, esta sexta-feira, a proposta da direção para que o Congresso que irá eleger o próximo presidente democrata-cristão se realize em 2 e 3 de abril. O local ainda está por definir. 

Segundo fontes do partido indicaram à agência Lusa, o Conselho Nacional alterou o prazo limite para a entrega de moções globais, que têm de ser apresentadas até 15 de março (e não a 21, como propunha a direção) e subscritas por 300 militantes (em vez de 150).

A eleição dos delegados concelhios e regionais vai acontecer no dia 12 de março de 2022, entre as 16h00 e as 20h00, por escrutínio secreto e em listas plurinominais nas respetivas Assembleias Concelhias, Conselhos ou Comissões Diretivas Regionais, devendo as candidaturas ser apresentadas até dez dias antes do ato eleitoral.

De notar também que foi aprovada a Comissão Organizadora do Congresso (COC), com duas abstenções, e que será presidida pelo secretário-geral Francisco Tavares e terá elementos indicados pelo presidente demissionário Francisco Rodrigues dos Santos e pelo eurodeputado Nuno Melo, que hoje já afirmou que deverá ser candidato à liderança do partido.

Em relação ao local do Congresso, que ainda está por definir, as estruturas locais e/ou distritais podem apresentar candidaturas à Comissão Organizadora até ao dia 28 de fevereiro, com a decisão a ser publicada no site do partido "até ao dia 25 de março".

Recorde-se que o 29.º congresso do CDS-PP já esteve marcado para 27 e 28 de novembro e seria em Lamego, com uma disputa entre o atual presidente e o eurodeputado Nuno Melo.

Mas, com o chumbo do Orçamento do Estado e marcação de eleições legislativas antecipadas, a direção propôs e consecutivamente o Conselho Nacional aprovou o seu cancelamento e o adiamento para depois das eleições legislativas, contra a vontade de Nuno Melo e dos seus apoiantes, que acusaram a direção de falta de democracia interna e uma "tentativa de golpe de estado institucional".

{relacionados}