A Ucrânia pediu esta terça-feira aos aliados ocidentais para lhe fornecerem mais armas e darem garantias de uma futura adesão à União Europeia (UE) para a apoiarem contra a Rússia.
"Esta manhã enviei à ministra dos Negócios Estrangeiros britânica uma carta a pedir mais armas defensivas para a Ucrânia", disse numa conferência de imprensa na embaixada em Washington o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, acrescentando que vai fazer um pedido semelhante aos seus interlocutores norte-americanos.
"Vamos mobilizar o mundo inteiro para obter tudo aquilo de que necessitamos para reforçar a nossa capacidade de defesa", acrescentou.
O chefe da diplomacia ucraniana referiu igualmente ter "apelado à União Europeia para pôr de lado toda a hesitação, todas as reticências e todo o ceticismo que existam nas capitais europeias e a fazer à Ucrânia a promessa da sua futura adesão".
Embora saudando a "forte" decisão de Berlim de suspender a certificação do gasoduto russo-alemão Nord Stream 2 após o reconhecimento por Moscovo da independência dos territórios separatistas da Ucrânia, Kuleba pediu ainda "mais sanções fortes" para pesarem sobre a Rússia.
"O cálculo de [Presidente da República russo, Vladimir] Putin era que a sua decisão não teria consequências. E, na ausência de punição, o apetite pela agressão torna-se mais forte", sustentou.
Putin pediu já hoje à câmara alta do parlamento russo para autorizar o envio de tropas para o leste do território ucraniano, depois de ontem ter anunciado a decisão de reconhecer a independência das repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, ali situadas.
Rússia retira diplomatas da Ucrânia
O Ministério das Relações Externas anunciou ainda esta hoje que vai retirar diplomatas e funcionários russos da embaixada e consulados da Ucrânia.
Numa declaração emitida pelo Ministério, citada pela Sky News, lê-se que a "prioridade principal é cuidar dos diplomatas russos e funcionários da embaixada e consulados gerais" na Ucrânia.
"Para proteger as suas vidas e segurança, a liderança russa decidiu retirar o pessoal das missões russas na Ucrânia, o que será implementado em num futuro muito próximo", acrescenta a mesma declaração.
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