António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), é o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra (UC). Este, segundo informação disponível no site oficial da instituição de Ensino Superior, "é atribuído anualmente desde 2004 a uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se tenha destacado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência".
O anúncio teve lugar na manhã desta quinta-feira no decorrer de uma conferência de imprensa na sala do senado da reitoria da UC. O prémio tem o patrocínio do Santander Universidades e o apoio do Global Media Group, tendo o valor de 25 mil euros: 10 mil para o vencedor e 15 mil para a atribuição de uma bolsa de investigação Santander para apoiar o desenvolvimento de trabalho numa área a definir com o contributo do premiado.
A entrega do galardão a António Guterres, que é igualmente doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, está agendada para o próximo dia 1 de março, durante a sessão solene comemorativa do 732.º aniversário desta instituição.
Na biografia do dirigente, no site oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), lê-se que "nasceu em Lisboa a 30 de abril de 1949 e tem raízes familiares na aldeia das Donas, concelho do Fundão. Desde jovem que Guterres demonstrou as suas capacidades exímias tendo ganho, em 1965, o Prémio Nacional dos Liceus". Após ter concluído o Liceu Camões, iniciou a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, terminando o curso em 1971. "No mesmo ano começou a lecionar nesse mesmo instituto, onde se envolveu em atividades de ação social, promovidas pela Juventude Universitária Católica. Guterres foi ainda membro do Grupo da Luz, coordenado pelo padre Vítor Melícias, e presidente do Centro de Ação Social Universitário, uma associação que desenvolvia projetos socais em bairros pobres em Lisboa, durante a década de 70".
Depois de ter aderido ao Partido Socialista (PS), foi deputado da Assembleia da República, membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, secretário-geral do PS, primeiro-ministro – entre 1995 e 2002 -, esteve envolvido na resolução da crise de Timor-Leste e presidiu ao Conselho da União Europeia durante a presidência de Portugal no primeiro semestre de 2000, entre outros.