O Presidente da República visitou na quarta-feira parte dos terrenos onde terá lugar o encontro católico Jornada Mundial da Juventude de 2023, acompanhado pelos autarcas de Lisboa e de Loures e pelo novo embaixador de Portugal na Santa Sé. A visita, que não foi oficialmente divulgada pela Presidência da República, terá partido da iniciativa de Marcelo Rebelo de Sousa, que quis conhecer a localização, tendo feito o pedido diretamente a Carlos Moedas. Ao que o Nascer do SOL apurou, o presidente da Câmara de Lisboa terá agendado o encontro, ficando encarregue de informar a Câmara de Loures para estender o convite ao presidente daquela autaquia, Ricardo Leão, uma vez que a zona de aterro entre a ponte Vasco da Gama e o rio Trancão, para onde está previsto que as jornadas aconteçam, abrange maioriatariamente o município de Loures.
Contudo, Carlos Moedas esqueceu-se de avisar Ricardo Leão da visita do Presidente, mas o autarca socialista tomou a iniciativa de telefonar ao presidente da Cãmara de Lisboa quando soube da iniciativa por outra via e, já no local, frisou aos jornalistas que se tratava de uma «iniciativa conjunta».
O Nascer do SOL apurou que Carlos Moedas corrigiu a situação, dirigindo um pedido de desculpas pelo esquecimento ao seu homólogo de Loures.
Além do chefe de Estado e dos autarcas de Lisboa e de Loures, esteve também presente uma comitiva que incluía, entre outros, o bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, e José Sá Fernandes, antigo vereador da CML e coordenador do Grupo de Projeto para a Jornada Mundial da Juventude de 2023.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a visita teve «uma razão próxima: o novo embaixador junto da Santa Sé vai apresentar credenciais dentro de dias ao papa».
«Nessa ocasião é inevitável que um tema cimeiro seja o das jornadas do ano que vem», justificou, referindo que, assim, Domingos Fezas Vital, nomeado para o cargo em dezembro, poderá dar conhecimento ao papa Francisco do que viu no terreno.
«Para o senhor embaixador era fundamental não apenas ter ouvido mas ter conhecido e poder dizer ao papa Francisco: lá estivemos, pode estar calmo, sua santidade, eu vi o terreno, percorri-o todo como está. E depois explicar as questões todas técnicas», afirmou no final da visita, após ter tido oportunidade de palmilhar os respetivos terrenos em frente ao Tejo.