Enquanto mais de 2 milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia após a invasão da Rússia, alguns atletas famosos decidiram voltar ao seu país natal para lutar na linha da frente contra os invasores.
Um dos rostos mais conhecidos é o do autarca de Kiev, Vitaly Klitschko. Antes da sua carreira na política, tal como o seu irmão Wladimir, foi campeão mundial de boxe em pesos-pesados. Além de ter sido um dos primeiros a “chegar-se à frente”, o ex-desportista tem ainda incentivado os moradores de Kiev a manter a força.
Da mesma forma, Vasiliy Lomachenko, que foi duas vezes medalha de ouro olímpico, na categoria pena e leve, regressou à Ucrânia, da Grécia, com o objetivo de defender Odessa.
O atual campeão mundial de pesos-pesados, Oleksandr Usyk, que derrotou o lutador britânico Anthony Joshua em Londres no ano passado, também foi uma das personalidades que se alistou no exército, dizendo que ia “sem medo”.
Fora do mundo dos pugilistas, Sergiy Stakhovsky, tenista que derrotou Roger Federer em Wimbledon em 2013, deixou a sua família na Hungria para também se alistar no exército territorial.
O biatleta Dmytro Mazurcuk, tal como Dmytro Pidruchny, que competiu nas Olimpíadas de Inverno de 2014 e 2018, foram mais dois dos atletas que abandonaram a sua vida com os olhos postos na defesa do seu país.
Da área da dança, Lesya Vorotnyk, dançarina principal da Ópera Nacional de Kiev, foi fotografada a segurar uma arma Kalashnikov e vestida com roupas militares na semana passada. Oleksiy Potiomkin, um outro dançarino, também se juntou à luta na capital.
De acordo com a União Internacional de Biatlo, até agora, pelo menos um atleta ucraniano já foi morto. Sabe-se que Yevhen Malyshev, um ex-biatleta ucraniano de 19 anos, morreu durante a primeira semana de combate.