O empresário luso-angolano Álvaro Sobrinho está a ser ouvido em interrogatório pelo juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal, no âmbito do inquérito em é suspeito de crimes praticados quando era presidente do BES Angola (BESA), desde burla a branqueamento de capitais.
Segundo o Nascer do SOL apurou, estão em causa novas provas que foram recentemente juntas à investigação que decorre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal. O empresário apresentou-se no DCIAP, tendo os procuradores da República requerido que fosse de imediato levado perante o juiz de instrução do processo, para ampliação das medidas de coação — que poderão passar por uma caução milionária, no mínimo, ou então a prisão preventiva, para prevenir o perigo de fuga.
Recentemente, recorde-se, Carlos Alexandre decidiu uma caução de seis milhões de euros a Manuel Pinho, até aí a maior caução aplicada em Portugal.
No caso de Sobrinho, os indícios são de desvio de cerca de 500 milhões de euros do BESA através de empréstimos a outros empresários e entidades, em 2009 e 2010. Uma parte do dinheiro — 185 milhões, segundo a CNN Portugal — terá ido para offshores do empresário, em benefício próprio e dos seus negócios.