Assessor de Zelensky diz que pode existir “reunião especial” com Putin

O assessor de Zelensky declarou ainda que “as negociações são um processo de grande envergadura que envolve não só a Rússia e a Ucrânia”, estando também outros países, como a Polónia, diretamente envolvidos.

O assessor do presidente ucraniano Mykhailo Podolyak disse esta quinta-feira que as negociações para um cessar-fogo na Ucrânia podem incluir uma "reunião especial" entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, o presidente russo.

Polodyak afirmou que, nas negociações, está a ser estudada uma "fórmula legal" para acomodar o estatuto das regiões pró-russas de Donetsk e Lugansk, sendo que, em declarações a um jornal polaco, o responsável adiantou que, se for encontrada essa fórmula, poderão estar criadas as condições para que se dê um novo passo nas negociações, incluindo este uma "reunião especial" entre os presidentes russo e ucraniano.

O assessor de Zelensky declarou ainda que "as negociações são um processo de grande envergadura que envolve não só a Rússia e a Ucrânia", estando também outros países, como a Polónia, diretamente envolvidos.

"Não devemos limitar-nos a assinar um acordo. Queremos desenvolver um mecanismo concreto que garanta a nossa segurança no futuro", referiu Polodyak, aludindo às cláusulas que os ucranianos pretendem ver escritas num eventual entendimento com os russos.

"Até agora, as delegações russa e ucraniana permanecem firmes. A reconciliação das disputas pode demorar entre alguns dias a uma semana e meia. Nesse período, devemos aproximar-nos de um acordo de paz", acrescentou o assessor, defendendo que, após a conclusão de um acordo de paz, a Federação Russa não terá escolha a não ser começar imediatamente a retirar as suas forças militares do território ucraniano.

"Assim que o acordo for assinado, a Convenção de Viena entrará em vigor para ambos os lados. E ela afirma claramente que o tratado de paz pode ser anulado se as partes em conflito não retirarem as tropas do território inimigo", concluiu.